Fundação ABC

Olha...era tudo o que nós precisávamos para desistir...aliás, não é por me gabar não, mas muitas mulheres desistem muito antes de tudo que havíamos passado.
Viemos em silêncio o caminho todo, nem uma palavra trocada, estávamos sob choque.
Mas meu desânimo durou a Imigrantes (descida da Serra retornando do HC para Santos).
No dia seguinte acordei decidida e certa que iria encontrar um outro lugar que eu pudesse fazer meu tratamento num preço acessível.
Eu vou ser Mãe! De uma forma ou de outra, biológica o de coração. Mas essas cacetadas que a vida nos apronta, não é fácil não. E a sociedade então...que cobrança. As pessoas deveriam mais cuidar da própria vida do que ficar dando pitacos na vida dos outros. Nessa fase eu estava meio mau-humorada e para todas aquelas pessoas que costumavam me perguntar/cobrar quando teríamos um bebe adotei a seguinte frase: “Não posso ter filhos !” ou ainda “Não posso ter filhos, mas estou na fila da adoção, sabe como é...um processo muito demorado” . Bom, Grosseria ou não,Funcionava! Eu sei, parece grosseria, mas ninguém tem a noção do que nós já haviamos passado.
Claro que essa fase logo mais passaria, mas eu tinha que me dar o direito de resposta. Estava cansada de falar que não era a hora ou que seria no ano que vem, quem sabe.
Foi então que pesquisando na net, encontrei um artigo que falava sobe tratamentos de infertilidade e a médica que assinava era da Fundação de Medicina ABC localizada em Santo André com e-mail dela e tudo ao final do artigo.
Escrevi minha “pequena história” para ela. Respondeu meu e-mail em minutos, passando o telefone da Fundação. No mesmo dia, antes mesmo de falar com o Cláudio, liguei e marquei uma consulta para nós para a próxima semana.
Isso tudo aconteceu no mesmo mês que havia nos desligado do HC.